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Segurança condominial: veja 10 dicas para manter seu condomínio seguro

A segurança é a parte crucial na gestão condominial. Não é apenas uma preocupação do síndico, mas também dos moradores, e com a alta da violência nas cidades é necessário redobrar a atenção. Sabemos que proteger um condomínio não é tarefa fácil, é preciso criar estratégias e meios para oferecer um ambiente seguro e livre de ameaças. Pensando nisso, selecionamos, neste artigo, 10 dicas essenciais para manter o seu condomínio seguro. Confira!

Arquitetura de segurança

Deve-se pensar na segurança do condomínio desde a sua projeção. Quando se fala em arquitetura de segurança, são observados alguns itens, algumas normas que até a polícia civil indica para os arquitetos. Cabe a ele assegurar a integridade física do morador, desde a sua caminhada pela calçada, o posicionamento da guarita, o campo de visão do porteiro até o acesso ao seu apartamento.

Guarita

Quando se vai projetar um prédio, pensa-se no local que irá posicionar a guarita, pois ela significa segurança para os condôminos, quem está entrando, quem está saindo, quem está visitando, quem está passando na rua… Ela deve estar posicionada em um local em que se consiga ter um maior campo visual possível, além de bastante vidro, que se veja de dentro para fora, mas não de fora para dentro.

Fachada

A segunda coisa é não fechar a fachada toda de muros altos, porque você fica completamente isolado dentro do seu edifício e você não consegue saber quem está do lado de fora, se a pessoa vai ou não te abordar.

Enfim, tudo isso para se ter uma maior segurança de como você vai chegar até a sua residência de maneira que não haja nenhuma surpresa nesse percurso.

Segurança condominial

Segurança é sempre uma das primeiras preocupações de qualquer pessoa. Com o alto índice de violência, muitos procuram morar em condomínios pelo fato de oferecerem uma maior segurança para eles e suas famílias. Entretanto, morar em um ambiente condominial não significa que você estará livre de alguma ameaça, não há uma fórmula mágica para resolver essa situação. Mas o simples fato de observar algumas medidas básicas de segurança poderá fazer toda a diferença e evitar, na maioria dos casos, uma situação mais grave.

10 dicas para manter seu condomínio seguro

Selecionamos, a seguir, algumas dicas fundamentais para criar um sistema de segurança, para que síndicos e condôminos possam contribuir para um condomínio mais seguro:

1) Definir o perfil do porteiro

Muitas vezes, devido à confiança – o que é primordial – e por já ter o conhecimento dos moradores, se coloca o faxineiro ou auxiliar de serviços gerais no cargo de porteiro. É um ponto positivo, mas há riscos, porque não foi pensado se o perfil dele era ou não adequado para exercer a função. Em muitos casos, a pessoa não tem o perfil psicológico para fazer atendimento às pessoas, ficar confinado em um ambiente restrito, controlar o acesso ao condomínio. Já que se trata da atividade mais importante do condomínio, em que se tem uma vulnerabilidade de entrada de pessoas. Portanto deve-se avaliar se esse funcionário, que tem o conhecimento do condomínio e a confiança dos moradores, tem o perfil adequado para ocupar o cargo de porteiro.

2) Definir procedimentos

O síndico deve criar procedimentos para que não haja ações diferenciadas no condomínio. São propostos pelo gestor ou por um especialista em segurança, e devem ser aprovados pelos moradores em assembleia. Eles devem estar customizados com o condomínio, principalmente quando se trabalha com empresas terceirizadas. Independente de ser a empresa X ou a empresa Y, quando chegarem ao edifício, existirá um padrão do condomínio, evitando alterações de rotina. Para cada etapa do serviço, deve estar escrito o que fazer, como receber a correspondência, como deve ser a entrada do entregador, etc.. As peculiaridades do dia a dia devem estar todas escritas. Se não, o que haverá são procedimentos dispersos, que não auxiliarão na segurança condominial.

3) Contingências

Tudo o que acontece diferente no condomínio, que são rotinas previsíveis, deve haver uma contingência. O condomínio deve ter a contingência prevista, estudar suas características – vertical ou horizontal – e definir quais são as contingências que devem ser executadas pelo funcionário. A quebra de um elevador, falha no fornecimento de energia, devem ter um procedimento de contingência.

4) Treinamento

De que adianta criar um procedimento e estabelecer uma contingência se os funcionários não forem treinados? Certamente haverá um problema, já que eles não saberão executá-los. O treinamento deve ser feito pelo menos uma vez por ano (o recomendado é que seja feito um a cada semestre). Há condomínios de alto padrão, com grande quantidade de pessoas que é feito trimestralmente. Ele é importante porque faz com que o funcionário fique atento à situações de rotina. Vale lembrar que treinamento não é somente se referindo à parte de segurança, é sobre como o funcionário atende uma pessoa, como ele se relaciona com outros funcionários, etc..

5) Preparar o morador para morar no condomínio

Muitos condôminos, antes de irem para condomínios, moravam em casas individuais, em que eles eram os donos e abriam suas portas para quem queriam. No condomínio, devem ser submetidos a outras vontades. Aquilo que era controlado em suas casas por eles, agora não é mais. O síndico deve informá-los das regras que regem o ambiente, inclusive as normas de segurança.

6) Controlar os prestadores de serviço

Quando há prestadores de serviço circulando pelo condomínio, eles precisam estar preparados e entender quais são as regras do local. Por exemplo, um deles resolve passar por todos os andares e distribuir seu cartão por todas as unidades. Ele pode realmente estar querendo divulgar o seu trabalho, ou verificar qual o tipo de sistema de segurança que há no condomínio, qual o controle, tipo de fechadura que as portas possuem, entre outros. Uma dica é o síndico estabelecer um termo de responsabilidade e aceite das regras condominiais , tomando ciência do que pode ou não pode dentro do condomínio. Chegando ao local, devem assiná-lo.

7) Controlar os entregadores

A grande maioria dos condomínios evita que o entregador entre no condomínio, cabendo ao morador ir até a portaria buscar o seu produto. É claro que é uma medida de segurança porque não há um controle efetivo sobre os entregadores. Entretanto, há situações em que é necessário que eles façam a entrega na unidade, como por exemplo, para pessoas com idade avançada, que já não tem muita mobilidade. Quem entrega água vai ter que se dirigir até o apartamento, ou então um funcionário do condomínio poderá fazer esse serviço. A compra do supermercado, o enfermeiro que aplica medicamentos… Enfim, o síndico deve aplicar regras especiais para esse tipo de entregador, inclusive cadastrá-los, para uma maior segurança.

8) Atualização do Modus Operandi (Modo de Operação)

Os porteiros devem ser mantidos atualizados do Modus Operandi, ou seja, do modo pelo qual um indivíduo ou uma organização desenvolve suas atividades ou opera, que os assaltantes estão utilizando para entrar no condomínio. Suponhamos que alguns criminosos estejam agindo fazendo uso de um carro dos Correios. Atualizados, os porteiros vão ficar mais antenados e certamente cumprirão o procedimento. Eles prestarão mais atenção, e a chance de acontecer algo será bem menor.

9) Posicionamento estratégico das câmeras

Existe um leque de infinidades tecnológicas que podem ser agregadas para proteger o condomínio. Uma delas é a câmera. Ela tem um fator de inibição e tem a possibilidade de registrar um fato. O posicionamento estratégico e a especificação de cada uma para determinados pontos do condomínio tem uma lógica. Então, não é a quantidade de câmeras que vai determinar um bom resultado para o sistema de segurança, mas para que se usa determinadas câmeras. Elas devem ser colocadas nos pontos de controle de acesso: entrada da garagem, entrada de pedestres, elevadores – social e de serviço – e entrada da escada de emergência. Nos condomínios horizontais, devem ser instaladas nos pontos em que permite-se verificar qual foi a direção que um veículo ou uma pessoa tomou em determinado ponto. Assim, consegue-se realmente fazer o monitoramento.

10) Ninguém faz segurança sozinho – segurança comunitária

É criada toda uma estrutura dentro do condomínio, mas muitos esquecem de que há o lado de fora, pois também deve-se sair do local. Hoje em dia já existe um plano de assistência mútua na segurança de condomínios. Isso é fundamental, pois deixa-se de fazer segurança apenas para o acesso condominial e compartilha-se a segurança do bairro, da região. Em alguns estados, como São Paulo, existem programas direcionados para a “Vizinhança solidária”, ou “Vigilância solidária”, feitos por meios de tecnologia. Há câmeras, treinamentos, comunicação entre as portarias, acionamento de pânico entre as portarias, etc.. Pode-se utilizar uma empresa para fazer esse tipo de gestão, ou entre os próprios condomínios, por uma questão de custo.

Com isso amplia-se a área de segurança. É claro que a visão de segurança não é só pessoas e equipamentos. A segurança da região está sendo cuidada, e isso faz com que criminosos se afastem. Ter participação na segurança com a comunidade no entorno em que você tem seu condomínio é muito importante. Quando se tem mais pessoas observando o bairro, a região, se tem uma menor incidência da criminalidade.

Conclusão

Espero que essas 10 dicas para manter seu condomínio seguro possam ajudar a manter a segurança do seu condomínio.

Você pode perceber que, por mais equipamentos tecnológicos de segurança que o condomínio possa ter, ele não estará seguro se os moradores e os funcionários não seguirem os passos básicos de segurança. Lembre-se de que segurança é coisa séria, por isso é preciso que todos os que convivem em uma coletividade condominial façam a sua parte, garantindo, assim, a segurança e o bem estar de todos.

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