Biossegurança: como manter seu condomínio seguro em meio a pandemia de coronavírus

Biossegurança: como manter seu condomínio seguro em meio a pandemia de coronavírus

Um assunto pouco conhecido, porém de crucial importância em relação ao atual em que estamos vivendo, é a biossegurança. E se tratando do ambiente condominial, esse tema é fundamental. Contudo, mesmo com toda a relevância, muitos ainda não sabem da sua importância e não seguem suas práticas dentro dos condomínios. Para que você entenda melhor a respeito do assunto e mantenha o seu condomínio mais seguro contra o coronavírus, continue a leitura deste artigo e descubra como a biossegurança pode ser um grande diferencial. Confira!

 

Você sabe o que é biossegurança?

Não é muito comum nem muito usual e nem nesse momento de pandemia nós vemos a imprensa comentar sobre o assunto. Mas a biossegurança é de crucial importância para o momento em que vivemos. É um conjunto de normas criadas para estabelecer a segurança das pessoas, dos animais e a preservação do meio ambiente. É o conjunto de estudos e procedimentos que visam evitar ou controlar os riscos provocados pelo uso de agentes físicos e agentes biológicos à biodiversidade. As normas e o procedimento têm o intuito de diminuir ou anular as chances de se contrair alguma doença, protegendo assim a saúde, mesmo com todos os riscos que o cerca. É essencial que se tenham todas as condições suficientes para que não haja contaminação – e isso é garantido pelas medidas de biossegurança.

 

Importância da biossegurança

São nas regras sanitárias que a biossegurança mantém o nosso status de livres de doenças, sejam elas bacterianas ou virais. Essa experiência que se tem é pouco conhecida, mas que agora entrou em pauta. Estamos encontrando em várias cidades do Brasil barreiras físicas em que se limitam ao trânsito de veículos e pessoas, mas não às barreiras sanitárias ou químicas. E a biossegurança entra aí, contra as bactérias e vírus, a essa contaminação que pode acontecer com produtos químicos. 

Uma barreira muito utilizada hoje não é tanto de biossegurança, mas que ajuda muito, é a das dedetizações em prédios. Já há um sistema que se usa produtos para essa descontaminação, mas mais voltada para insetos; bem mais fácil de se manusear. Quando se fala de bactérias e de vírus, você não está enxergando aquilo que está contaminado. 

 

COVID-19

No momento atual, devido à pandemia da COVID-19, sabemos que o ambiente está propício para uma epidemia. Com uma grande exposição ao coronavírus, é bom saber como se proteger, e é aqui que a biossegurança entra, criando medidas para proteger todos os envolvidos, prevenindo a saúde de todos. 

Sem a biossegurança, uma simples doença poderia facilmente se tornar uma epidemia. É ela que prevê a lavagem das mãos, por exemplo, podendo prevenir muitas doenças e complicações. 

 

O novo coronavírus ainda é um mistério em muitos sentidos. O quanto a biossegurança é efetiva contra esse vírus que ainda se tem pouco conhecimento?

Os vírus possuem uma série de características de sobrevivência. De acordo com novos estudos que se têm feito com o coronavírus, se, por exemplo, você estiver ao sol, ao meio-dia, e espirrar, a duração dele, devido a ação do sol, dos raios ultravioletas, será de 1 a 3 minutos. Se for uma área sombreada, pode durar até 15 minutos. Agora, se for uma área sombreada, e cair sobre superfícies como plástico, metal, cerâmica, borracha, esse vírus pode aguentar até cinco dias. 

 

Onde entraria a biossegurança com relação a isso? Que produtos químicos posso utilizar para diminuir a carga viral?

Normalmente, quando se faz uma limpeza de ambientes, se busca diminuir a quantidade bacteriana. Hoje estamos lidando com vírus. Deve-se usar produtos químicos que farão o processo de desinfecção e que vão ter um tempo de estabilidade, mantendo o ambiente esterilizado. 

A base de tudo para a limpeza parte da água e sabão. Isso é essencial. Com esses dois elementos consegue-se retirar gorduras, que vão facilitar a ação de alguns produtos de limpeza. No caso dos vírus e das bactérias, principalmente aquelas que têm a parte lipídica,  aquela gordura envolta que os protege, é destruída, e isso favorece o uso do desinfetante. Nenhum desinfetante funciona se você não tirar a sujidade que pode inativá-lo. 

Por isso que o essencial, antes de tudo, é água e sabão. Depois desse princípio básico, 

usa-se um desinfetante, que vai fazer todo o processo químico de combate. 

São maneiras de se tentar minimizar ao máximo esses agentes nocivos, para que não estejam em uma quantidade suficiente para causar a doença COVID-19. 

 

O que deve ser usado nos condomínios?

Os síndicos estão com muitas dúvidas, pois ainda não conhecem bem com o que estão lidando. As limpezas das ruas de algumas cidades estão sendo feitas. Mas será que estão sendo feitas com os produtos corretos, efetivos? O que deve ser usado? Com relação ao comportamento do síndico, o que precisa ser mudado rapidamente em relação à higienização? 

Existem condomínios de um prédio, de vários prédios, condomínios com porteiros, sem porteiros, enfim, uma série de variedades. A grande realidade é que as cidades estão se verticalizando e há uma concentração de muitas pessoas nesses ambientes condominiais. Com a quarentena, precisamos a começar a nos preocupar, primeiro são com as entradas. Quantas entradas o prédio tem? Entrada principal, de banhistas, garagem… O que estão levando para o condomínio? O que isso envolve em termos de risco? O elevador, por exemplo, pode levar alguém que contenha um agente contaminante. 

São essas preocupações que o síndico precisa ter. Quanto menos trouxer carga de fora para dentro do condomínio, melhor é, pois o ideal é a diminuição da carga bacteriana e viral.

 

Foco na salubridade

O síndico tem que focar na salubridade. O álcool em altas temperaturas evapora, a cada quantos dias a limpeza do condomínio deve ser repetida? Na realidade, não está se utilizando tanto o cloro para essa pandemia de coronavírus. Está se utilizando quaternário de amônio, há várias fórmulas dentro do produto. Pode ser bactericida, fungicida, viricida. Depende para o que ele foi desenvolvido. Para a desinfecção dentro dos condomínios como das ruas, deve-se levar vários pontos em consideração, já que se trata de ambientes com carga de matéria orgânica. Deve-se saber que concentração será utilizada do produto em si. 

Além disso, é preciso analisar o tempo de contato. O hipoclorito a 0,5% que tem sido utilizado para desinfecção de ruas, e é o indicado hoje, tem uma efetividade pequena, ele volatiliza, vai desaparecer, funcionando por algumas horas. Também é indicado o dióxido de cloro, a própria amônia quaternária, que tem tendência a um maior tempo de durabilidade de contato. 

 

O que é o mais eficaz para ser utilizado nos condomínios?

Todos os princípios ativos têm uma efetividade. Se todos forem utilizados dentro das recomendações de diluições e concentrações corretas, pelo tempo de contato correto contra essa bactéria ou vírus, serão eficazes. O hipoclorito de sódio funciona muito bem, tem sido utilizado de 0,1% a 0,5%. A própria água sanitária, que é hipoclorito de 2% a 2,5%. Se for diluída para 0,5% , vai diluir 1 para 4 litros. É o suficiente para fazer a limpeza.

Algumas empresas especializadas têm a característica de usar a espuma, que com desinfetante funciona muito bem. O tempo de contato é mais demorado porque ela age mais devagar. Quanto mais espumante for o produto, em função do tempo, melhor ele é. 

 

Pistolas de pintura

A aquisição de pistolas de pintura seria um grande facilitador para os condomínios, pois elas dão um excelente efeito na distribuição do produto. Pode-se fazer a pulverização dos corredores, de áreas, entrada das garagens quando os veículos entram, enfim, é um equipamento prático e de fácil acesso para serem usados nos condomínios. Usa-se o quaternário de amônio, ou também podem ser usados produtos à base de clorexidina, em torno de 4% para serem eficazes.

 

Quanto tempo, depois que se faz uma limpeza, as pessoas podem circular no ambiente?

Depende da forma como o produto será aplicado. Temos um hábito de passar pano com o produto. Mas deve-se levar em consideração que o próprio pano, depois de um tempo, acaba sendo um agente contaminante também. Se o pano for passado rapidamente, irá secar, não dando o tempo necessário. Se for usado o spray, principalmente a pulverização, levará um tempo para que seque e evapore o produto. Terá um tempo maior de contato com o desinfetante que agirá contra as bactérias e os vírus dentro do ambiente. Neste momento, que é um momento diferenciado, a preocupação maior é com os elevadores e outros locais de grande circulação.

 

O que pode ser colocado na frente dos edifícios para limparem os pés?

No caso dos prédios, principalmente nas entradas, coloca-se um tapete especial com uma espécie de esponja de 3 a 4cm de altura, com algum detergente ou desinfetante. As pessoas, quando adentrarem ao prédio, ao pisar no tapete, farão a desinfecção da sola do calçado para não contaminar o ambiente. Dependendo do fluxo, o correto é trocar de tempos em tempos, ou a cada 3, 4 horas, repor o produto.

 

O que fazer com o lixo contaminado, caso haja algum portador do coronavírus no condomínio?

Existe todo um procedimento interno dentro das casas em que se tem algum portador do coronavírus. Suas roupas, roupa de cama devem ser colocadas em sacos plásticos para serem lavadas. Se o banheiro for de uso comum, ele deve ser o último a utilizá-lo para não haver contaminação. Deve ser feita a limpeza e higienização desse ambiente para que não passe a contaminação para outras pessoas. É necessário higienizar tudo o que ele tocar. 

Seu lixo deve ser colocado sempre em sacos plásticos. Alguém deve pegá-lo, sempre com luvas, levar até o lixo doméstico, passar cloro por fora da sacola, ou álcool líquido ou 70, até mesmo o hipoclorito ou um desinfetante, pulverizá-la para, então, descartá-la. É a maneira mais correta de se fazer. O importante é higienizar esse lixo antes de colocá-lo junto com outros lixos orgânicos. 

 

Uso de luvas e máscaras

A luva é eficaz, faz o isolamento. A máscara também é. Para quem está contaminado, é uma forma de não propagar o vírus. Não seria necessário uma pessoa saudável estar utilizando a máscara, mas deve-se pensar na hipótese de cruzar com pessoas no supermercado, na farmácia, há a passagem entre elas, mesmo tendo uma distância de 1,5m; pode ocorrer algum risco de contaminação. Então, o uso de máscara, ajuda e muito. 

Não esqueça que as luvas também se contaminam. Quando chegar a casa, não esqueça de higienizá-las ou descartá-las. Lave-as com água e sabão, um desinfetante, e deixe-a pronta para outro uso. 

 

Como higienizar as portarias para troca de turno?

A primeira coisa a observar é o uniforme desse funcionário. Quando chegar ao trabalho, o ideal é que ele coloque a roupa em que chegou dentro de sacos plásticos. Como não vai ter como higienizá-las, deixar para colocá-las novamente na saída. Isso diminui a carga de contaminação, caso ele tenha sentado em algum local ou encostado em algo contaminado ou coisa parecida. 

O funcionário que está saindo, também deve fazer um processo de higienização, pois da mesma forma que ele utilizou o interfone e outros equipamentos, o outro também fará uso.  Para que não haja contaminação de um para o outro, os dois devem ter a responsabilidade de fazer a assepsia do local. Deve-se ter sempre o álcool gel por perto. 

 

E o delivery?

Pegou a caixa do produto, desinfete-a. Se for uma pizza, por exemplo, ela está vindo quente, dificilmente passaria o vírus, caso houvesse. Perigoso seria se alguém doente espirrasse em cima da caixa antes de colocar a pizza dentro. Mas a probabilidade é bem menor, quase nula. 

 

Higienização das mãos

Todo mundo está correndo atrás de álcool gel. Passamos álcool gel geralmente sem lavar as mãos. Não é tão eficaz. O princípio básico sempre vai ser água e sabão. O coronavírus é um vírus que tem uma camada de gordura por fora. O processo todo de desinfetante sempre vai funcionar melhor quando você faz o carreamento da sujeira, seja ela gordura, poeira, matéria orgânica, das suas mãos. Por isso o processo de lavagem, que deve ser bem feito, de, no mínimo, 20 segundos de higienização. 

É importante destacar que álcool gel caseiro não funciona. Ele é um álcool 40, não tem efeito e essa efetividade. O álcool 70, deve-se ter cuidado com a volatização e o perigo de incêndio. 

 

O que utilizar se não tiver o álcool gel?

Existem lenços umedecidos antissépticos, que são encontrados em farmácias. Não é o mesmo do bebê. Alguns deles vem com álcool, outros não. Quando vem com álcool, o processo em si do lenço umedecido faz essa lavagem porque retira as impurezas da mão. 

 

Álcool swab

São lencinhos descartáveis muito utilizados nos laboratórios, também são encontrados em farmácias, para fazer retirada de sangue, assepsia local. São lenços que também podem ser utilizados. 

E você também pode usar algumas soluções antissépticas que são encontradas nas farmácias, com cloreto de benzalcônio, ou até mesmo com a clorexidina. Como o álcool gel está escasso, pode ser  substituído por esses produtos.

 

Conclusão

Espero que você tenha compreendido o que é biossegurança e como ela pode manter o seu condomínio seguro em meio a essa pandemia de coronavírus. 

Essas são apenas algumas das medidas, e você deve procurar implantar todas elas no seu condomínio. Para uma proteção ainda mais completa, o síndico deve procurar outras medidas de biossegurança e cuidar do seu ambiente condominial. Assim, possivelmente, terá ótimos resultados! 

É o momento de todos colaborarem. Vamos fazer o que é correto. O importante é que combatamos esse vírus e que o vençamos o mais rápido possível.

 

*Lembrar a todos que temos que ficar em casa, lavar sempre as mãos, isso é essencial. Usem água e sabão à vontade! 

 

Ficou com alguma dúvida? Nós da Seu Síndico Administradora de Condomínios em BH  temos uma assessoria qualificada e especializada em gestão condominial. Podemos auxiliá-lo em todas as questões que envolvam seu condomínio, executando uma gestão mais eficiente e responsável.

 

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